PROUNI, SISU, Universidade para Todos, Fies — você sabe o que esses programas têm em comum? Eles foram responsáveis por trazerem muitos alunos para as faculdades nos últimos anos. Além desse avanço na formação ser excelente para o país, ele traz uma oportunidade para os profissionais que já atuam no mercado: a possibilidade de se dedicarem à docência no Ensino Superior.
Se você nunca tinha pensado em ser um professor de cursos universitários, que tal considerar essa opção? Neste post, nós vamos mostrar por que essa é uma área em alta e de que forma se preparar para atender a essa demanda.
Docência no Ensino Superior: por que é uma área em alta?
Até agora, nenhum país conseguiu prosperar sem investir na educação dos cidadãos. Além da atenção essencial aos anos iniciais, é fundamental ampliar o acesso ao Ensino Superior. É desse nível que saem profissionais qualificados que chegam às empresas prontos para alavancar a produtividade e torná-las competitivas no mercado internacional.
Quando um país não investe no Ensino Superior, o resultado é desastroso. As empresas deixam de produzir tecnologia e apenas consomem os dispositivos pessoais e industriais desenvolvidos em outros lugares do mundo.
Dessa forma, o país fornece ao mercado externo apenas commodities, que são mercadorias de baixo valor agregado e pouco diferenciadas. Alguns exemplos são os produtos agrícolas, minérios, alumínio etc.
Em outras palavras, o país que deixa de investir na qualificação dos cidadãos — e aí entra a importância do Ensino Superior — exporta itens baratos e importa bens caros. Como é possível prever, acontece um desequilíbrio na balança comercial, que impacta a todos nós.
Portanto, ampliar o acesso às faculdades é essencial para o país se desenvolver e ter um crescimento econômico duradouro. Nos últimos anos, alguns programas ajudaram a levar um número grande de jovens para as universidades, como o PROUNI, o SISU, o Universidade Para Todos, entre outros.
Se existe mais gente para aprender, consequentemente o mercado precisa de profissionais que saibam ensinar. Dessa forma, surgem novas vagas tanto para a docência no Ensino Superior quanto para atividades de tutoria ou mentoria de alunos no Ensino a Distância (EAD).
Para o profissional, a docência no Ensino Superior é muito vantajosa. Ela pode significar uma guinada total na carreira para quem abandona outras atividades e fica apenas com as aulas da faculdade. Em outros casos, a pessoa pode optar por lecionar na universidade apenas alguns dias da semana, adicionando uma fonte de renda ao seu orçamento.
Docência no Ensino Superior: como se qualificar para a área?
Como você pode imaginar, a remuneração de quem se dedica à docência no Ensino Superior é mais alta que a dos professores que atuam na Educação Básica. Os valores variam nas diferentes regiões do país, mas ainda assim é uma alternativa vantajosa.
Para atuar nesse nível de ensino, o professor precisa cumprir alguns requisitos. Formar novos profissionais é uma responsabilidade imensa, que terá reflexos nos aspectos econômicos e sociais do país. Quer saber o que se espera de quem ocupa esses cargos? Veja a seguir!
1. Formação diferenciada
Para atuar no Ensino Superior, o profissional não pode se contentar apenas com o curso de graduação. Ele precisa conquistar um diferencial não só para se destacar de outros candidatos, mas para realmente ter um conhecimento mais aprofundado sobre temas que depois vai ensinar.
Para trabalhar nas universidades públicas, ele precisa ter pelo menos o mestrado (stricto sensu). Porém, muitas exigem o título de doutor para que ele participe dos processos de seleção.
Já no setor privado, muitas faculdades aceitam e contratam profissionais que possuem certificados de pós-graduação (lato-sensu). Portanto, esse é o primeiro passo para quem quer seguir carreira na docência no Ensino Superior.
2. Atualização constante
Não basta conseguir um novo certificado e pendurá-lo na parede. Na velocidade em que o conhecimento evolui, em pouco tempo o que você aprendeu estará obsoleto. Então não tem outro jeito: é preciso se manter atualizado constantemente.
Nesse sentido, algumas modalidades de pós-graduação podem ajudá-lo. Existem faculdades que oferecem cursos intensivos. Se o aluno tiver disposição e disponibilidade para maratonar aulas e provas, ele consegue um novo certificado em um período que varia entre 3 e 6 meses.
Dessa forma, quem dá aulas em faculdades consegue investir periodicamente em novos cursos, garantindo que seu currículo e conhecimentos estejam sempre atualizados.
3. Visão de mercado orientada para o futuro
Quem trabalha com alunos universitários precisa ter uma visão de mercado orientada para o futuro. Afinal, quando estiverem formados eles vão encarar seus postos de trabalho e devem estar preparados para enfrentar novos desafios de uma sociedade altamente competitiva. Assim, as soluções do passado podem já não ter nenhum efeito.
Por isso, o professor universitário deve estar sempre antenado às novas tendências e tecnologias. Ele precisa mostrar aos seus alunos o que está acontecendo, o que podem esperar daqui para frente e como responder a essas situações, seja com técnicas ou ferramentas apropriadas.
Um exemplo é o avanço tecnológico. A transformação digital está se tornando uma realidade em muitos países, e quem não estiver preparado para essa disruptura pode não sobreviver no mercado.
Então, o docente do Ensino Superior deve pesquisar e descobrir qual é o impacto da transformação digital na sua área de atuação. É necessário que ele dê aos alunos essa perspectiva, para que eles se preparem adequadamente para esse novo cenário.
4. Interesse no desenvolvimento científico
A universidade não existe apenas para reproduzir conhecimento, mas principalmente para produzi-lo. Então, é muito importante que o professor desse nível tenha interesse de realizar descobertas, independentemente da área em que ele atua.
Em muitas instituições, faz parte da docência no Ensino Superior orientar a pesquisa dos alunos. Isso acontece por meio do Trabalho de Conclusão de Curso ou de programas de iniciação científica.
É fundamental que, na orientação desses projetos, o professor estimule a experimentação. Se ele conseguir colocar na mente dos alunos a ideia de que não basta se satisfazer com o conhecimento existente, mas que o papel do aprendiz é ampliá-lo ou desafiá-lo, a sociedade brasileira pode ter um grande avanço.
Nesse processo de pesquisa, as instituições podem contribuir para a solução de problemas sociais, ambientais e econômicos, entre outros. Fomentar essa mentalidade ainda promove o desenvolvimento tecnológico, o que é essencial para o progresso do país.
E então, que tal começar a pensar na possibilidade de dar uma guinada na carreira e buscar oportunidades de docência no Ensino Superior? Se você se identificou com a função, comece a planejar sua ascensão profissional agora mesmo!
Aqui no blog, nós sempre damos sugestões para quem quer fazer essa mudança e explorar as oportunidades que o mercado oferece. Não quer perder essas dicas? Siga-nos no Facebook, Instagram e LinkedIn para não perder nenhuma das nossas publicações.