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Tech ou touch: qual é o papel da tecnologia e dos recursos humanos na sua empresa?

Diante da transformação digital, muitas pessoas acreditam que os recursos humanos da empresa se tornarão dispensáveis. Afinal, já existem soluções high tech para as mais diferentes áreas da organização — desde chatbots e tótens para o setor de atendimento até ferramentas de business intelligence que contribuem para a tomada de decisão.

Mas será que essa é a realidade? É possível que a tecnologia tome definitivamente o lugar das pessoas, fazendo com que elas percam seu espaço dentro das organizações?

Em alguns aspectos, sim. Alguns segmentos do mercado já se tornaram extremamente high tech e passaram por uma redução drástica (embora gradual) do quadro de colaboradores. Talvez o principal exemplo seja o dos bancos, que há décadas implementaram caixas eletrônicos e, depois, passaram a oferecer a maioria dos serviços por meio de aplicativos.

Porém, isso nem sempre se aplica a todos os segmentos e funções. Veja a seguir em que aspectos uma empresa precisa se tornar high tech, mas sem perder sua capacidade de ser high touch. Confira! 

O que são empresas high tech e high touch?

O conceito de empresas high tech, ou simplesmente hi-tech, se fortaleceu no mercado nas últimas décadas. Não é segredo que muitos setores estão investindo pesado em tecnologia e automação com o objetivo de facilitar transações e reduzir custos operacionais.

As vantagens são óbvias: computadores e sistemas fazem o trabalho de centenas e até mesmo milhares de pessoas, especialmente quando se trata de ações burocráticas e repetitivas. A automação evita divergência de dados e geralmente não comete erros.

Além disso, sistemas podem ficar disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, proporcionando uma solução imediata para quem precisa entrar em contato em horários não-convencionais. Eles garantem facilidade e conveniência para o consumidor.

Por outro lado, na outra ponta dessa interação existe o cliente, que é uma pessoa. Apesar da conveniência e da facilidade, ele nem sempre quer interagir com um sistema e deseja um atendimento humanizado. 

E não é só isso! Vale a pena lembrar que, com a globalização, os itens de consumo estão cada vez mais comoditizados. Uma pessoa consegue encontrar, pela internet ou em lojas físicas, produtos muito semelhantes e a preços equivalentes.

Nesse contexto, o grande diferencial que uma empresa pode oferecer é a capacidade de ser high touch , ou seja, sua habilidade para tocar as pessoas, para tratá-las de forma única e fazer com que se sintam especiais, de conhecer seus problemas e proporcionar soluções, criando uma experiência inigualável.

Para alcançarem o sucesso, especialmente ao lidar com as novas gerações, especialistas afirmam que as empresas precisam caminhar na direção do tech-touch. Nessa  abordagem, utiliza-se a tecnologia para facilitar a vida do cliente, mas investe-se também em recursos humanos capazes de estabelecer um relacionamento significativo com o público-alvo por meio da qualidade da experiência.

Qual é o papel dos recursos humanos no tech-touch?

Nesse contexto, os líderes responsáveis pela área de recursos humanos têm um tremendo desafio. Cabe a eles identificar as áreas em que a atuação de pessoas é indispensável e, mais que isso, trabalhar para capacitá-las e transformá-las em um diferencial competitivo essencial para o negócio.

Além disso, embora a Indústria 4.0 preveja um funcionamento cada vez mais autônomo para as máquinas por meio de sistemas cyber-físicos, é possível que limitações orçamentárias retardem o alcance desse nível de automação.

Portanto, até que isso aconteça, os colaboradores continuarão operando máquinas e sistemas. Assim, a capacitação dessas pessoas para utilizá-los determinará o grau de eficiência dessas ferramentas, bem como o retorno do investimento realizado em tecnologia.

Então, o primeiro papel do RH para tornar o tech-touch efetivo é a capacitação dos colaboradores. Seja por meio da contratação de candidatos que tenham domínio da tecnologia ou pelo treinamento constante, esse é um dos fatores decisivos para que a empresa consiga atender os clientes de forma satisfatória.

Porém,  a tecnologia pode ser copiada por todas as outras empresas. Se o grande diferencial de um negócio será a capacidade de seus colaboradores para realmente tocar e se conectar com as pessoas, proporcionando uma experiência inesquecível, a atuação estratégica do departamento de recursos humanos precisa ser focada nesse aspecto.

O fato é que, quando uma empresa investe em tecnologia, mas não em pessoas, ela perde grande parte do investimento feito, seja por uso incompleto dos recursos disponibilizados ou porque a experiência do cliente se torna tão ruim que a demanda não proporciona o retorno esperado.

Mas afinal, quais são as prioridades do departamento de recursos humanos nessa transformação?

1. Mudar a cultura da empresa

A transformação digital não envolve apenas a adoção de novas tecnologias. A empresa não chega a esse patamar simplesmente lançando um aplicativo ou modernizando seus sistemas. Trata-se do desenvolvimento de um novo olhar.

É por isso que, sem uma gestão de pessoas adequada, essa transformação não acontece. É esse departamento que, com suas estratégias, consegue mudar a cultura da empresa e ajudar os colaboradores a desenvolverem uma mentalidade digital centrada nas necessidades do consumidor.

2. Integrar novas e antigas gerações

Para os colaboradores mais antigos, a mentalidade digital não costuma ser natural. No entanto, para as novas gerações, essa visão é espontânea, pois eles são nativos de uma cultura forjada nos meios digitais.

Por isso, o RH precisa se mobilizar para agregar as novas gerações aos seus quadros. Não se trata apenas de contratá-los, mas de promover a verdadeira integração entre novos e antigos colaboradores, para que ambos os grupos compartilhem o que têm de melhor — de um lado, os valores e a experiência. De outro, a capacidade de inovação.

3. Definir políticas digitais

As pessoas mudam seu comportamento a partir do uso das tecnologias. Consequentemente, isso traz impactos para a empresa. Por isso, a transformação digital requer um acompanhamento dessas mudanças e o estabelecimento de diretrizes para que essas ferramentas sejam utilizadas em prol dos objetivos estratégicos da organização.

Sem a atuação precisa do departamento de recursos humanos, a empresa não consegue se tornar plenamente hi-tech e muito menos hi-touch. A transformação digital depende de uma mudança cultural que só pode acontecer quando existe uma gestão adequada de pessoas.

E você, está preparado para conduzir essa transformação na sua organização? Quer conhecer as estratégias mais avançadas para a gestão de recursos humanos? Conheça nossos cursos de pós-graduação e destaque-se nesse mercado!

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