Pensar em uma nova carreira não é um dilema apenas de quem não se identificou com a profissão atual. Em uma sociedade em constante transformação, essa mudança é cada vez mais comum. Afinal, uma série de ocupações tende a desaparecer.
Essas transformações têm uma série de motivos. Em alguns casos, o comportamento da sociedade mudou. Assim, algumas profissões já não fazem sentido. Em outras situações, foi a automação que chegou de vez e extinguiu postos de trabalho repetitivos ou burocráticos.
A morte de profissões não é um fenômeno recente. Afinal, mesmo que você não tenha idade para ter conhecido ascensoristas, telefonistas que conectavam os cabos em uma central ou acendedores da iluminação pública (sim, isso existiu!), a inovação tecnológica elimina a necessidade de pessoas para executarem uma série de tarefas.
No entanto, atualmente a extinção das profissões é mais rápida. Tecnologias tornam-se obsoletas em pouco tempo e quem não se atualiza, perde espaço no mercado de trabalho. A boa notícia é que apostar em uma nova carreira ficou mais fácil devido ao acesso a cursos de formação continuada.
E então, quer saber se a sua profissão pode morrer? Quer descobrir se a sua carreira está em risco e entender o que fazer para se manter relevante no mercado? Então, continue a leitura!
Quando é hora de pensar em uma nova carreira?
O melhor momento de pensar em uma nova carreira é aquele em que o profissional percebe que sua profissão tende a desaparecer. Embora ninguém tenha uma bola de cristal que mostre claramente o que acontecerá com o mercado de trabalho, existem alguns indicadores importantes.
Em primeiro lugar, se a sua função é muito burocrática, ela tende a desaparecer. Pense nos escritórios, por exemplo. Até algum tempo atrás, era necessário contratar muita gente para preencher planilhas, formulários e documentos, fazer contas, conferir dados…
Essa realidade mudou. Em um setor como o de Recursos Humanos há equipamentos que automatizam toda a folha de pagamento. Eles recebem dados diretamente dos equipamentos de ponto, calculam o salário, as horas-extras, os benefícios, os encargos. Um computador faz o que várias pessoas faziam, e de forma ainda mais precisa. O mesmo raciocínio pode ser aplicado a uma série de funções.
Se você trabalha em vendas, as chances de ver a demanda no mercado diminuir também é grande. Essa é uma das profissões com perspectivas de automação altíssimas nos próximos 20 anos — a estimativa é de índices acima de 90%.
Uma amostra dessa realidade é o alcance do comércio eletrônico. Ele atinge os consumidores em uma série de canais, e com uma vantagem: a inteligência artificial mostra os produtos exatamente para as pessoas com maior propensão para comprá-los.
Portanto, os profissionais de vendas também precisam começar a pensar em uma nova carreira. Afinal, a previsão é de que haja uma grande transformação, especialmente no varejo. Quem não se adaptar a essa nova realidade, infelizmente pode enfrentar o fantasma do desemprego.
Além disso, muitas das atividades que realizamos no dia a dia também tendem a depender cada vez menos do ser humano. Afinal, qual de nós ainda não atendeu uma ligação e descobriu, em seguida, que toda a interação acontecia com um robô?
Operadores de telemarketing, atendentes de bancos, motoristas e até mesmo anestesistas e pilotos de avião tendem a desaparecer. Tudo que pode ser controlado de forma autônoma passará a ser dirigido por sistemas, e não mais por pessoas.
Em muitos supermercados no mundo — especialmente nos Estados Unidos e China — novas tecnologias estão substituindo o atendimento pessoal nos caixas. Há terminais de autoatendimento e sistemas de pagamento pelo celular e reconhecimento facial, entre outras novidades.
Mesmo profissões mais técnicas e que exigem conhecimentos profundos preveem mudanças nos próximos anos. Na área do Direito, a expectativa é de que 94% do trabalho dos assistentes paralegais seja automatizado. Metade dos escrivães perderão suas vagas, e cerca de 40% das funções dos juízes poderão ser desempenhadas por sistemas. Assim, até eles precisarão pensar em uma nova carreira.
Em que tipo de carreira apostar?
Enquanto esses profissionais começam a descobrir a necessidade de rever sua carreira, outras áreas continuam em alta no mercado de trabalho. Especialistas afirmam que os professores, por exemplo, dificilmente serão substituídos por sistemas.
Embora já existam plataformas adaptativas que conseguem traçar uma trilha de aprendizagem individualizada para o estudante, entende-se que existe uma dimensão humana extremamente importante nas atividades educacionais.
Por isso, a carreira do educador deve continuar em alta. A empatia e o conhecimento que esse profissional tem do outro é fundamental para a formação emocional e social das futuras gerações.
Porém, isso não significa que a profissão não passará por mudanças. A tecnologia educacional se tornará cada vez mais presente na realidade das escolas, o que exigirá o desenvolvimento de competências essenciais para a educação no mundo digital.
Além disso, a consciência sobre as diferenças entre os estudantes se torna cada vez maior. Assim, mesmo que o profissional não precise se preocupar com uma nova carreira, ele deve se preparar para lidar com toda essa diversidade e proporcionar estímulos que favoreçam o desenvolvimento de estudantes com perfis cognitivos distintos, inclusive diante de dificuldades de aprendizagem.
Os cargos estratégicos também continuarão relevantes. Afinal, quem conhece os profissionais que se destacam por sua habilidade em liderança organizacional sabem que a diferença que eles fazem se deve a muito mais que seu conhecimento técnico.
Um verdadeiro líder tem a capacidade de enxergar o quadro geral, antecipar tendências e identificar oportunidades. Embora o Business Intelligence também seja capaz de fazer isso, só uma pessoa consegue alinhar os recursos humanos, tecnológicos e financeiros para alcançar os objetivos estratégicos da organização.
Como se manter relevante no mercado futuro?
Falar sobre o mercado de trabalho atual já é um desafio. Imagine quando se trata de antecipar tendências futuras! Porém, a principal estratégia para se manter relevante é por meio da educação continuada.
O profissional que investe tempo e recursos em sua formação consegue antecipar tendências e identificar oportunidades antes dos outros. Assim, ele não é atropelado por essas mudanças, mas o próprio condutor dessa transformação dentro das organizações.
Portanto, a atualização profissional é fundamental. Quem adota a aprendizagem permanente como um estilo de vida e carreira entra em contato com essas tecnologias com antecedência, adapta-se a elas e consegue utilizá-las para melhorar a própria performance e trazer excelentes resultados para a empresa.
E você, tem medo de que sua profissão desapareça? Sabe o que fazer construir uma nova carreira de sucesso?
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