Pagar contas, realizar compras, pedir comida e contratar transporte, comunicar-se com amigos — essas são apenas algumas das atividades mudaram completamente com a chegada da internet e o uso de smartphones. Se a nossa vida mudou tanto e a escola é um reflexo da sociedade, é natural que a tecnologia educacional também ganhe espaço nas salas de aula e transforme a realidade de alunos e docentes.
Mas afinal, qual é o papel do educador nesse novo contexto?
O que pode mudar na prática pedagógica e de que forma o professor deve se preparar para essa realidade?
Existem oportunidades que podem ajudar a alavancar a carreira de quem se dedica à Educação?
Confira o post e descubra as respostas!
Tecnologia Educacional e as mudanças no cenário do ensino
Embora a assimilação das tecnologias seja mais rápida em algumas regiões ou modalidades de ensino e um pouco lenta em outras, o fato é que esses recursos estão transformando a educação no país. No Ensino Superior, por exemplo, houve uma grande revolução.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) permitiram uma enorme expansão dos cursos de faculdade e pós-graduação. Elas viabilizaram o Ensino a Distância (EAD), que já agrega quase 1 em cada 5 dos estudantes universitários do país (18%).
E não é só isso! A tecnologia educacional também está desempenhando um papel fundamental para a educação corporativa. Ela facilitou a aplicação de treinamentos efetivos pelas empresas, que agora conseguem disponibilizar programas de capacitação para seus funcionários por meio de plataformas digitais.
Talvez o nível de ensino que esteja um pouco mais distante dessa realidade seja a Educação Básica. Apesar do interesse natural das crianças pela tecnologia, ainda faltam recursos didáticos em quantidade, qualidade e abrangência necessárias para digitalizar a aprendizagem de forma mais contundente.
No entanto, já existem iniciativas para aumentar o uso da gamificação, da realidade virtual e aumentada e de plataformas responsivas também com crianças e adolescentes.
Tecnologia Educacional e as oportunidades para o educador
Toda essa transformação apresenta uma excelente oportunidade de crescimento profissional e de valorização para o educador. Desde que se especialize nessas áreas, há uma série de atividades que podem ser exercidas em período integral ou mesmo parcial, como alternativa para complementar a renda. Veja algumas dessas possibilidades:
1. Tutor EAD
O aumento de oferta de cursos a distância trouxe uma quantidade imensa de alunos de volta aos bancos escolares. Na maioria das vezes, eles buscam o diploma da graduação ou de pós-graduação.
Esses cursos têm uma enorme vantagem. Eles contam com professores altamente qualificados que dificilmente teriam condições de se deslocarem até cidades ou regiões distantes. Em outros casos, mesmo sem essa barreira geográfica, eles não conseguiriam conciliar sua vida profissional com o ensino em diversas instituições.
Porém, existe uma limitação que as instituições que oferecem cursos EAD precisam compensar. O contato dos alunos com esses professores é mais limitado. No entanto, os estudantes não são prejudicados, porque as faculdades colocam tutores que também trabalham na área para exercerem atividades de apoio.
Um tutor EAD é capacitado a solucionar as dúvidas dos alunos quanto à matéria e também no que diz respeito às atividades, trabalhos e projetos solicitados. Portanto, ele é um profissional de extrema importância nessa engrenagem e possibilita o sucesso dos estudantes nessa modalidade de ensino.
Para exercer a função de tutor EAD, a pessoa precisa ter qualificação. Existem cursos de pós-graduação específicos para a formação desses profissionais, que podem atuar em tempo integral ou parcial, de acordo com sua disponibilidade e a prática da instituição de que ele faz parte.
2. Designer instrucional
O designer instrucional tem um papel muito importante na educação a distância e seu trabalho também envolve o uso de tecnologia educacional. Ele é o responsável por organizar todo o conhecimento disponível em uma determinada área, selecionar o que é essencial para que o estudante atinja os objetivos propostos pelo curso e organizar a apresentação didática dos conteúdos.
Portanto, o designer instrucional usa seu conhecimento para definir:
- o que o aluno vai estudar;
- em que ordem essas informações serão apresentadas;
- de que maneira o conhecimento será transmitido para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa (textos, gráficos, infográficos, vídeos, áudios, simulações, atividades interativas);
- que ferramentas, incluindo a tecnologia educacional, serão utilizadas para transmitir o conhecimento e avaliar os alunos.
De forma resumida, podemos dizer que esse profissional desenha — e por isso recebe o nome de designer — toda uma experiência de aprendizagem com o objetivo de otimizar o aproveitamento dos alunos.
No dia a dia, o designer precisa revisar os conteúdos dos cursos e avaliar o desempenho dos alunos para identificar em que pontos o material não foi suficiente ou eficaz para promover a aprendizagem desejada.
A partir dessa avaliação, ele reestruturará o material e criará novas estratégias para melhorar a qualidade do curso. É um ciclo constante de verificação e aperfeiçoamento, que deve agregar novos recursos quando eles se mostrarem relevantes para a aprendizagem.
3. Treinamentos corporativos
Finalmente, outra área que tem sido impactada pela tecnologia educacional é a de treinamentos ou educação corporativa. Como já comentamos, a tecnologia educacional também tem criado novas possibilidades digitais para a capacitação de colaboradores.
O avanço foi tão grande que hoje é possível oferecer até mesmo treinamentos customizados. Isso significa que a máquina identifica as lacunas de conhecimento do funcionário ou recebem essa informação por meio da avaliação de desempenho.
A partir desse ponto, o sistema seleciona os conteúdos que esse colaborador precisa conhecer para melhorar sua performance, avalia o progresso dele ponto a ponto e, de forma responsiva, faz com que as dúvidas sejam revistas ou permite que ele avance para novos tópicos.
O educador atua na empresa ou em serviços especializados para modelar todo esse processo. Com a Pedagogia Empresarial, ele pode incluir princípios de gamificação, informática da educação e andragogia para tornar aprendizagem também muito prazerosa.
E você, sabia que o conhecimento em tecnologia educacional pode dar acesso a todas essas possibilidades de carreira, proporcionar uma renda extra ou uma nova profissão e valorizá-lo no mercado?
Acha que essa é uma área interessante e que vale a pena aprender a utilizá-la de forma efetiva para potencializar a aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos?
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